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Num desenvolvimento inovador, a África do Sul solidificou a sua presença no mercado agrícola global ao garantir um acordo para exportar abacates para a China. O acordo, assinado entre o Ministro da Agricultura, Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural da África do Sul, Thoko Didiza, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, representa um marco significativo na busca do país pelo crescimento económico e pela geração de emprego.
Expansão de horizontes
O acordo, assinado durante a visita de Estado do presidente chinês Xi Jinping à África do Sul, provocou uma onda de entusiasmo entre agricultores, agrônomos, engenheiros agrícolas, proprietários agrícolas e cientistas. Esta conquista histórica deverá ter implicações de longo alcance para a economia sul-africana e a sua paisagem agrícola.
Nos últimos anos, a África do Sul tem vindo a expandir constantemente a sua área de cultivo de abacate. O que começou como uma área de cultivo de 4,750 hectares cresceu agora e abrange impressionantes 18,000 hectares. Esta expansão atesta a dedicação do país ao crescimento e à diversificação da sua produção agrícola.
Um futuro frutífero
Thoko Didiza, a força motriz deste movimento estratégico, enfatizou a importância do acesso ao mercado chinês. “Obter acesso à China é um passo vital para impulsionar um crescimento liderado pelas exportações dos abacates sul-africanos, que é um compromisso que o governo assumiu no âmbito do plano director de agricultura e agro-processamento”, disse Didiza. A medida não só promete um aumento na produção de frutas, especialmente abacates, mas também um aumento nas oportunidades de emprego.
O potencial de a China se tornar um dos maiores consumidores mundiais de abacate abre uma janela de oportunidade para a África do Sul. Esta projecção é mais do que apenas especulação económica; é apoiado pelo impulso que o comércio China-África do Sul ganhou ao longo dos anos. De modestos 1.4 mil milhões de dólares em 1998, o volume de comércio disparou para impressionantes 56.7 mil milhões de dólares em 2022, de acordo com relatos da comunicação social. Este crescimento astronômico significa o potencial lucrativo que existe na parceria.
Uma indústria florescente
O efeito cascata deste acordo deverá provocar um efeito multiplicador no emprego e no desenvolvimento económico, especialmente nas zonas rurais onde é produzida a maioria dos abacates. A indústria do abacate já emprega mais de 15,000 pessoas, abrangendo tanto os setores agrícolas como os de serviços. Com esta nova via de exportações, a indústria deverá florescer ainda mais, beneficiando todos os segmentos da cadeia de abastecimento.
Informações sobre o mercado global
Wandile Sihlobo, economista-chefe da Câmara de Negócios Agrícolas da África do Sul, enfatizou a importância da diversificação das exportações e do aprofundamento dos laços comerciais com a China. Salientou que os países BRICS, incluindo a China, constituem um mercado agrícola substancial, avaliado em mais de 300 mil milhões de dólares. Com a China a contribuir com dois terços deste valor, o potencial para as exportações agrícolas é imenso.
Uma trajetória promissora
A incursão da África do Sul na exportação de abacates para a China marca um momento crucial para o seu sector agrícola. O crescimento exponencial da relação comercial entre as duas nações, juntamente com a abordagem proactiva da África do Sul para diversificar as suas exportações, estabelece uma base sólida para a prosperidade económica. À medida que a indústria do abacate no país floresce, não só aumenta os fluxos de receitas, mas também cria oportunidades de emprego e promove o desenvolvimento rural.