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A tarifa de exportação sobre sementes de girassol no Cazaquistão expirará em 31 de agosto, gerando discussões sobre sua remoção. Esta situação reacendeu conflitos entre produtores de sementes e processadores de óleo. Os agricultores pretendem exportar mais sementes a preços mais elevados, enquanto os produtores de petróleo procuram matérias-primas nacionais baratas.
Recentemente, os agricultores revelaram que as reservas irracionais durante a época 2021/22 resultaram em lucros cessantes superiores a 100 mil milhões de tenge devido à imposição da tarifa de exportação.
Em resposta, os produtores de petróleo realizaram uma conferência de imprensa contrariando estas alegações, afirmando que tais quantidades de sementes não estão disponíveis no país. Argumentam que a oferta interna de sementes é insuficiente para satisfazer a procura local.
O diretor comercial do Grupo Qazaq Astyq, Alexander Buzhenitsa, deu a entender como os produtores de sementes estão inadvertidamente abrindo caminho para a reexportação de matérias-primas russas. Isto representa uma ameaça à segurança alimentar do Cazaquistão.
Além disso, o artigo aborda preocupações sobre o impacto na segurança alimentar do país. Buzhenitsa argumenta que a exportação de matérias-primas diminui a indústria de transformação do Cazaquistão, enquanto outras nações trabalham para fortalecer a sua. A ascensão de fábricas de processamento de petróleo na Ásia Central, alimentada pela necessidade de matérias-primas, como sementes de girassol, representa um desafio económico para o Cazaquistão.
O artigo salienta que os comerciantes russos podem explorar as baixas tarifas de exportação, renomeando as sementes russas como produtos do Cazaquistão para aceder aos mercados da China, do Uzbequistão e do Tajiquistão. Tais ações prejudicam o crescimento económico e os esforços de desenvolvimento industrial do Cazaquistão.
Buzhenitsa destaca que, apesar da tarifa de exportação, o comércio de oleaginosas continua, com a China pagando a mais pelas sementes de girassol do Cazaquistão. Ele enfatiza a complexidade dos contratos e do processamento em contraste com as simples transações de compra e venda.
O artigo também investiga as estratégias utilizadas pelo Cazaquistão para gerir os mercados nacionais. Buzhenitsa discute o equilíbrio entre oferta e procura, enfatizando que o Cazaquistão mantém uma abordagem planeada para evitar a saturação do mercado.
O artigo conclui pedindo cautela na imposição de medidas restritivas às exportações de produtos processados. Destaca as lições retiradas de países vizinhos como a Ucrânia, a Bielorrússia e a Rússia, que limitaram as exportações de matérias-primas, ao mesmo tempo que promovem fortes indústrias de transformação. As implicações destes desenvolvimentos são significativas, afectando tanto o crescimento económico como a segurança alimentar no Cazaquistão.