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De acordo com um relatório recente do Banco Mundial, prevê-se que a procura global de alimentos aumente 50% até 2050. Esta procura é impulsionada pelo crescimento populacional, pelo aumento dos rendimentos e pela mudança dos regimes alimentares, pressionando os sistemas agrícolas para produzirem mais alimentos utilizando menos recursos. Ao mesmo tempo, as alterações climáticas, a degradação do solo e a escassez de água colocam desafios significativos à agricultura.
Para enfrentar esses desafios, a biologia sintética oferece uma abordagem promissora. Ao utilizar princípios de engenharia para conceber sistemas biológicos, os investigadores podem criar culturas mais resistentes a pragas e doenças, mais eficientes na utilização de água e nutrientes e mais resilientes a tensões ambientais, como secas e temperaturas extremas.
Um exemplo disso é o desenvolvimento de bactérias fixadoras de nitrogênio que podem ser aplicadas nas culturas, reduzindo a necessidade de fertilizantes sintéticos. A biologia sintética também pode ser usada para criar materiais à base de plantas que podem substituir os plásticos, reduzindo o desperdício e a poluição.
Além disso, a biologia sintética pode ajudar a melhorar a sustentabilidade da produção pecuária através do desenvolvimento de aditivos alimentares que reduzem as emissões de metano e melhoram a eficiência da conversão alimentar.
Embora a biologia sintética ainda esteja em seus estágios iniciais, já existem resultados promissores. Pesquisadores da Universidade de Illinois, por exemplo, desenvolveram uma planta de soja geneticamente modificada que produz mais óleo e proteína enquanto utiliza menos água e nitrogênio. Outro exemplo é o desenvolvimento de uma variedade de arroz tolerante à seca pelo Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz, utilizando técnicas de biologia sintética.
Em conclusão, a biologia sintética é uma grande promessa na promoção de práticas agrícolas sustentáveis. Ao aproveitar o poder da engenharia biológica, podemos criar culturas e gado mais produtivos, mais eficientes e mais resilientes às tensões ambientais. Embora ainda existam desafios e incertezas pela frente, os benefícios potenciais são demasiado grandes para serem ignorados.