Falando na Interpoma da Itália na semana passada, o presidente da Associação Mundial de Maçã e Pêra (WAPA), Dominik Wozniak, disse que a situação dos produtores e exportadores em seu país natal, a Polônia, era extremamente difícil.
Os principais factores de influência foram a ausência de trabalhadores sazonais da Ucrânia e o aumento dos custos de produção.
Dominik Wozniak observou que as dificuldades na Polónia, que os produtores tiveram de enfrentar nos últimos meses, são semelhantes aos problemas que afectaram outros países europeus, por exemplo, o crescimento da logística, os custos energéticos e o custo dos agroquímicos e fertilizantes.
Muitos trabalhadores sazonais na Polónia são ucranianos que, devido aos acontecimentos na Ucrânia, não puderam participar na colheita. Além dessas dificuldades, muitos produtores têm optado por enviar maçãs diretamente para processamento em troca de preços baixos, em vez de incorrer no custo de armazená-las em câmaras frigoríficas durante os próximos meses.
Segundo a WAPA, a colheita total de maçã na União Europeia na temporada 2022/23 será de 12.2 milhões de toneladas. A Polónia será a que mais colherá – 4.75 milhões de toneladas, seguida pela Itália e França – 2.05 milhões de toneladas e 1.39 milhões de toneladas, respetivamente.